A importância do professor da Administração e sua responsabilidade social
*Adm. Wagner Siqueira
Amanhã, 15 de outubro, é comemorado o Dia dos Professores, profissionais vitais para a construção da sociedade e seu desenvolvimento. Nada diferente no que tange ao professor de Administração e áreas correlatas, já que eles são transformadores das organizações.
Por isso, a responsabilidade social do docente certamente o conduz à mediação e à interlocução reflexiva e criativa. O método de ação do professor de Administração em sala de aula é o diálogo racional e instigante, no qual os interlocutores discutem e apresentam uns aos outros argumentos raciocinados, experiências vivenciadas, cuja virtude essencial é a tolerância, a aceitabilidade e a serenidade para a diferença. É preciso aprender a aprender, é preciso aprender com a experiência. Experiência não é o que acontece conosco, mas o que aprendemos com o que nos acontece. E nesse sentido, como também já se disse, “mestre é aquele que de repente aprende”, com a discussão suscitada por seus alunos.
O professor tem uma enorme força moral sobre os seus alunos. Eis aí mais uma responsabilidade social básica da missão do professor em sala de aula. Aqui está, sem dúvida, a força política que engendra e articula junto aos seus alunos, mesmo que não esteja plenamente consciente desse seu papel. A voz do professor que inspire respeito e admiração ao aluno pode conduzi-lo efetivamente no caminho da verdadeira e adequada formação profissional. Esta depende da grandeza moral e do caráter do professor: o conhecimento e a cultura que a encerra são transmitidos fundamentalmente pela força moral e pelo poder pessoal do professor. Não depende exclusivamente da busca espontânea do conhecimento pelos estudantes.
Na medida em que o professor defende e alimenta valores morais e elevados na gestão das organizações, ninguém o poderá acusar de estar a serviço de paixões partidárias, ou de modismos organizacionais, ou mesmo de repetidor não crítico de teorias ajustadas para outras realidades oriundas de países culturalmente distintos do Brasil. Na medida em que deliberadamente propugna em sua ação pedagógica de que determinados valores universais não podem ser desconsiderados por nenhuma organização, sua intervenção como educador e formador de consciências gerenciais torna-se crescentemente relevante para a sociedade da qual é cidadão.
A docência ou o magistério de Administração ou de gestão das organizações não é destinado a profetas, a videntes ou a demagogos, mas, efetivamente, aos que se dispõem a fazer os seus alunos pensarem sobre as realidades organizacionais em que convivem, com o propósito de compreendê-las e transformá-las. Assim sendo, muito obrigado a todos vocês que fazem seu melhor para transformar alunos em gestores e a prática da boa Administração em realidade. Parabéns!
*Adm. Wagner Siqueira é conselheiro federal pelo Rio de Janeiro e diretor-geral da Universidade Corporativa do Administrador